05/08/2011

O Padre Costa de Trancoso

O Padre Costa de Trancoso

Em finais de Março de 2011 foi a Trancoso visitar um familiar que não via á algum tempo.
Este levou-me a um café para beber umas cervejas e aproveitou para explicar-me um pouco a história da cidade.
Nesse café já dentro das muralhas da cidade havia umas camisolas a vender, que tem uma imagem de um Sr. de idade com os seguintes dizeres PADRE COSTA DE TRANCOSO, dirigiu-se ao balcão e comprou uma camisola que ofereceu ao meu filho.

Pois é e a historia começa na camisola.

Fiquei deveras intrigado com o que o meu grande amigo me estava a contar sobre o Padre Costa, e resolvi bisbilhotar um pouco na Net a história, aqui vai, é deveras hilariante a Historia deste Padre.

O Padre Costa de Trancoso, livro da autoria do escritor e investigador Santos Costa.

Trancoso é cidade apenas desde Dezembro de 2004, mas as suas muralhas graníticas escondem inúmeras lendas e histórias. Uma delas é a de um clérigo que viveu no século XV e terá gerado 299 filhos em 53 mulheres.

A obra mistura factos históricos com ficção, aludindo à figura do padre Francisco Costa, personalidade emblemática do burgo onde, em 1288, D. Dinis celebrou o seu casamento com D. Isabel de Aragão – depois de o ter feito por procuração em Barcelona – e que tem sido alvo de zombaria ao longo dos tempos.

O Crime.
De acordo com o autor, uma lenda antiga remete para aquela personagem, que terá vivido no reinado de D. João II (1481-1495) e tido quase três centenas de filhos – 214 do sexo masculino e 85 feminino –, gerados em mais de 50 mulheres, muitas das quais suas familiares directas.

Santos Costa conta que, segundo a lenda, o sacerdote terá dormido com 29 afilhadas, que deram à luz 97 raparigas e 37 rapazes, e não poupou nove comadres, a quem arranjou 38 machos e 18 fêmeas.

Acrescenta ainda que os relatos existentes referem ter feito, entre outras proezas, 29 filhos e cinco filhas a sete amas, somando ao extenso rol mais 28 descendentes (21 homens e sete mulheres) de duas pobres escravas.

A pujança e as aventuras libidinosas terão incluído igualmente uma tia, de quem teve três rebentos, e nem a própria mãe lhe escapou, imagine-se, chocadeira de duas crianças - irmãs de seu próprio pai.

A condenação
Reza o mito que o prior terá sido julgado em 1487, com 62 anos, e condenado a ser "degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou" (a cópia da sentença encontra-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo).

A Absolvição (ainda mais hilariante).

No entanto, apesar da violenta condenação, conta-se que D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos 17 dias do mês de Março do mesmo ano, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta.

Mais do que os singulares feitos do padre, (que deveria ser considerado Herói Nacional) elogio a capacidade parideira daquelas mulheres. Feitas as contas, passados seis séculos duvido que haja alguma pessoa naquela terra que não seja familiar uma da outra.

Amigo deves ser a pessoa que conheço com a maior família a nível mundial.